Você sabia que o Brasil é um terreno fértil para o florescimento do espiritismo devido aos seus “Carmas Coletivos”? E que o Brasil possui ou já possuiu dois carmas coletivos?
Neste artigo, exploraremos as implicações espirituais e históricas desses carmas, guiados pelos ensinamentos do renomado médium Divaldo Franco.
Vamos mergulhar na compreensão de como eventos passados moldaram o cenário espiritual do Brasil e seu papel na disseminação do espiritismo.
Compreendendo o Carma
Carma é uma palavra de origem sânscrita que significa “ação” e refere-se à lei de causa e efeito, onde cada ação gera uma consequência.
No contexto espírita, o carma representa as dívidas e créditos espirituais que acumulamos ao longo das nossas reencarnações.
A compreensão do carma nos ajuda a entender como nossas ações impactam nossas vidas futuras e como podemos trabalhar para reparar erros passados.
Conceito de Carmas Coletivos
Para nós, carma coletivo é um carma associado a um determinado grupo de pessoas, um grupo específico ou mesmo a uma nação.
Esse carma resulta de comportamentos individuais dentro de um grupo específico de pessoas.
Por exemplo, um acidente de avião onde os espíritos envolvidos possuem as mesmas necessidades de expiação e evolução. Às vezes, passageiros do avião acidentado não desencarnam enquanto muitos desencarnam, ou alguns passageiros que deveriam estar naquele avião, mas não conseguem chegar a tempo ao aeroporto.
Manifestações de Carma Coletivo
Esses carmas coletivos de grupos específicos pode ser também um desastre natural, como os que estamos vendo no Rio Grande do Sul.
Nem todos que estão sofrendo lá estão resgatando faltas do passado; às vezes, as situações dessa própria reencarnação os levaram a viver naquele local de risco.
O carma coletivo também se estende a eventos que afetam toda a nação, como guerras de grandes proporções, epidemias, fome, violência, tirania e ditaduras.
Ele se manifesta em grupos de pessoas, sociedades, nações e até mesmo na humanidade como um todo, sendo o resultado de ações conjuntas e crenças compartilhadas que influenciam o destino de um grupo.
Os Flagelos Permitidos por Deus
Os flagelos destruidores, como epidemias e desastres naturais, são considerados provas coletivas, onde tanto a expiação de faltas passadas quanto a oportunidade de aprendizado e evolução estão presentes.
Segundo “O Livro dos Espíritos” na questão 737, esses flagelos são permitidos por Deus como meio de progresso e purificação da humanidade.
Esses eventos, apesar de dolorosos, servem para nos unir e nos ajudar a crescer espiritualmente, enfrentando juntos os desafios impostos pela vida.
737 – Para que fim fere Deus a humanidade por meio de flagelos destruidores?
“Para fazê-la avançar mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem, em cada nova existência, um novo grau de perfeição? É preciso ver o fim para apreciar os resultados. Só julgais essas coisas do vosso ponto de vista pessoal e as chamais de flagelos por efeito do prejuízo que vos causam. Esses transtornos, porém, são frequentemente necessários, para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas, e em alguns anos queixais que se lamentam como flagelos e acabam redundando em bens tão grandes.”
questão 737 – o livro dos espíritos
Os Carmas Coletivos do Brasil
Os nossos carmas coletivos são apenas dois: a escravidão negra, que não é nosso karma, é de Portugal, e que nós libertamos através da Princesa Isabel na Lei Áurea de 1888, e a Guerra do Paraguai.
Essa guerra infame que durou 6 anos, deixou marcas até hoje no país vizinho e foi de uma covardia inexplicável quando três países (Brasil, Argentina e o Uruguai) se uniram contra o atrevimento do ditador Francisco Solano López.
Para pagar o nosso carma, construímos Itaipu, que hoje é muito mais útil ao Paraguai do que a nós, que compramos energia do nosso país vizinho.
Importância do Espiritismo no Brasil
É interessante ver como o Brasil foi escolhido para ser o local de florescimento da doutrina espírita, justamente pela nossa nação ter pouquíssimos carmas.
Quando falamos em carma, que eu prefiro chamar de causa e efeito, temos que entender que se uma pessoa está sofrendo devido a um reação passada, essa pessoa tem o direito de lutar para sair desse sofrimento.
O espiritismo não prega que a pessoa merece o sofrimento. O sofrimento não é um castigo de Deus; o carma, a expiação, é uma sagrada oportunidade de reparação de erros e faltas passadas, faltas que todos nós cometemos.
Conclusão
Essas revelações do nosso amado Divaldo Franco nos ajudam a compreender a profundidade dos carmas coletivos e seu impacto na trajetória espiritual de uma nação.
A doutrina espírita, com suas raízes profundas no Brasil, serve como um lembrete do poder da redenção e da transformação espiritual disponível para todos nós.