Existência de Deus Existência de Deus

Questão 5 – Que conclusão se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?

Explorando a Existência de Deus através do sentimento universal de sua presença, evidenciando um princípio causal fundamental.

Em Busca do Sentimento Divino Inato

Ao nos debruçamos sobre as profundezas da alma humana, encontramos perguntas ancestrais que permeiam a existência de cada ser. Uma dessas indagações, que atravessa os tempos e culturas, é sobre a existência de uma força maior que harmoniza o cosmo e dá sentido à vida. Surge, então, como um farol a guiar a humanidade, o sentimento instintivo da presença de Deus.

Mas, afinal, de onde viria esse sentimento se não estivesse ancorado em uma verdade palpável?

Questão 5 – Que conclusão se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?

“Que Deus existe; pois, de onde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma consequência do princípio — não há efeito sem causa.”

O livro dos espíritos – Allan kardec

Vamos nos aprofundar nessa pergunta que Kadec fez para os Espíritos de luz, buscando entender esse inegável sentimento universal que nos une e nos inspira a buscar algo além do tangível.

Analisando a Presença Instintiva de Deus nas Almas

Este instinto que nos faz olhar para os céus em busca de respostas parece brotar de uma fonte inesgotável de espiritualidade. É um anseio tão visceral que, mesmo sem palavras ou conceitos claros, não podemos negar sua presença. A sensação de que existe um criador, um ser supremo e ordenador do universo, é quase uma herança coletiva da humanidade, mas como entender essa unanimidade transcendental?

Ao longo da história, vemos emergir diversas interpretações e imagens de Deus, desde a perspectiva politeísta e animista das sociedades antigas até as visões mais abstratas e filosóficas dos pensadores contemporâneos. Essa multiplicidade de crenças, no entanto, não dilui, mas sim reforça a ideia de que o sentimento de uma presença superior é uma constante universal.

As Lições Históricas e os Ensinamentos de Jesus

Desde os tempos mais remotos, o ser humano busca na figura divina uma explicação para os mistérios da vida e do universo. A história registra essa procura incessante, que se reflete nas construções magistrais, literatura e práticas culturais através das eras.

Jesus falava de um Pai celestial, não como uma entidade distante e inatingível, mas como uma fonte de amor incondicional e bondade infinita, sempre presente e acessível a todos que abrem seus corações para essa conexão divina. Esse era o ensinamento de Jesus, uma figura que, com palavras e ações, desenhava o retrato de um Pai celestial, repleto de amor e bondade infinitos. Ele não apenas falava dessa fonte etérea de toda a criação, mas vivia cada dia como um testemunho vivo dessa conexão profunda e transformadora.

Através de parábolas, Jesus transmitia verdades profundas de maneira simples e acessível. Uma das mais emblemáticas é a do Filho Pródigo (Lucas 15:11-32), que conta a história de um jovem que, após desperdiçar sua herança, retorna arrependido à casa do pai. Esta parábola ilustra o amor incondicional do Pai celestial, que sempre está de braços abertos, pronto para perdoar e acolher de volta, independentemente dos erros cometidos.

Essa conexão etérea com o divino é vividamente ilustrada na Bíblia, através de versículos que falam ao coração com uma clareza e profundidade que transcende o tempo. Em Mateus 6:6, Jesus aconselhava: “Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará”.

Em João 15:9, Jesus continua a revelar a natureza dessa relação, dizendo: “Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor”. Essas palavras não apenas afirmam a presença constante do amor divino, mas também nos incentivam a permanecer nesse estado de amor, sugerindo uma comunhão contínua e uma participação ativa nessa relação amorosa com o divino.

“Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.”

Mateus 11:28

Conclusão

Ao concluirmos nossas meditações sobre o sentimento instintivo da existência divina, não podemos negar seu poder transformador. A sensação de que somos parte de algo maior nos move a buscar propósitos mais elevados e a cultivar valores e virtudes em nossos corações.

Cada um de nós carrega dentro de si essa centelha divina, essa luz que, quando reconhecida e nutrida, tem o potencial de iluminar os caminhos mais obscuros e difíceis de nossa existência.

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