Salve, Rainha,
mãe de misericórdia,
vida, doçura, esperança nossa, salve!
A Vós bradamos,
os degredados filhos de Eva.
A Vós suspiramos, gemendo e chorando
neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa,
esses Vossos olhos misericordiosos
a nós volvei.
E, depois deste desterro,
nos mostrai Jesus, bendito fruto
do Vosso ventre.
Ó clemente, ó piedosa,
ó doce Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Antífonas Marianas
A oração “Salve Rainha“, também conhecida em latim como “Salve Regina”, é uma das antífonas marianas mais célebres e recitadas na Igreja Católica. As antífonas marianas são hinos litúrgicos cantados em honra à Virgem Maria, especialmente utilizados durante as liturgias e ao final do rosário. Sua origem remonta à Idade Média, e ela é fundamentalmente uma oração de súplica à Virgem Maria, pedindo sua intercessão.
Existem quatro antífonas marianas principais que são usadas sazonalmente ao longo do ano litúrgico:
- Alma Redemptoris Mater (Mãe do Redentor) – Tradicionalmente recitada do início do Advento até a festa da Purificação (Candelária), que ocorre em 2 de fevereiro.
- Ave Regina Caelorum (Salve, Rainha dos Céus) – Usada do dia seguinte à Apresentação do Senhor (3 de fevereiro) até a Quarta-feira de Cinzas, marcando o início da Quaresma.
- Regina Caeli (Rainha do Céu) – Recitada durante o tempo pascal, do Domingo da Ressurreição até o Pentecostes. Esta antífona é particularmente alegre, refletindo a alegria da Ressurreição de Cristo e é muitas vezes cantada em vez de ser apenas recitada.
- Salve Regina (Salve Rainha) – Cantada ou recitada desde o Pentecostes até o início do Advento. É provavelmente a mais conhecida das antífonas marianas e é valorizada por sua profunda expressão de súplica e reverência a Maria como intercessora perante Deus.