Uma Jornada Rumo à Compreensão Divina
Em nossa busca incessante por respostas sobre a origem do universo e o propósito da existência humana, somos frequentemente confrontados com enigmas que desafiam a compreensão. É nessa encruzilhada de dúvidas e anseios que nos deparamos com a pergunta essencial, cuja resposta parece ecoar através dos tempos e das dimensões que ainda nos escapam.
Questão 1 – O Que é Deus?
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”.
Livro dos espíritos – allan kardec
Deus na Visão do Espiritismo
Ao contemplarmos esta resposta monumental, uma luz se faz sobre as sombras de nossa ignorância. A definição apresentada por Allan Kardec em seus estudos é mais do que uma simples afirmação; ela é um convite à reflexão mais profunda sobre o que é verdadeiramente o Criador. Segundo o espiritismo, Deus não é apenas uma entidade distante ou abstrata, mas a inteligência máxima e a fonte de toda a criação.
Neste contexto, entendemos que Deus é o arquiteto do universo, aquele que detém a sabedoria e o poder absolutos, e de cuja vontade emana a harmonia das leis naturais que regem tudo o que existe. O espiritismo nos ensina que essa inteligência suprema é infinitamente justa e boa, qualidades que se manifestam na ordem do universo e na moral que nos orienta para o bem.
Refletindo sobre as palavras de Jesus, podemos encontrar muitos exemplos dessa visão divina. Ele proclamou o amor e a benevolência de Deus com frequência, convidando-nos a observar a natureza e a encontrar, em cada pétala e cada estrela, sinais da presença e do cuidado do Pai Celestial. É essa mesma lei de amor que se reflete no mandamento maior: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração… e ao teu próximo como a ti mesmo“.
Na contemporaneidade, a concepção de Deus como a causa primária de tudo nos desafia a transcender os limites do materialismo e a buscar uma conexão mais profunda com o espiritual. Em um mundo muitas vezes dominado pelo imediatismo e superficialidade, essa visão espiritualista oferece uma fonte de esperança e sentido.
Dentro desse entendimento, percebemos que nossa vida carrega um propósito que se alinha aos desígnios de Deus. Nosso progresso moral e espiritual, nossa capacidade de amar e perdoar, de ajudar e compreender, tudo isso é reflexo da centelha divina que cada um de nós carrega em essência.
As provações e as dificuldades da vida material são vistas como oportunidades para o crescimento e aproximação dessa inteligência suprema. É como se, a cada ato de bondade e compaixão, estivéssemos, de fato, imitando os atributos divinos, usando Jesus Cristo como modelo e nos aproximando daquilo que é Deus.
Aplicação Prática da Compreensão Divina
Nas páginas de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e nas lições contidas em “A Gênese”, encontramos orientações para viver de acordo com essa alta compreensão de Deus. O espiritismo, ao nos apresentar uma religião que também é filosofia e ciência, convida-nos a uma constante atualização de nossos atos e pensamentos, sempre com o olhar voltado para a ascensão espiritual.
Como então aplicamos essa compreensão ao nosso cotidiano?
Simples: procuramos reconhecer em cada pessoa, em cada criatura, em cada acontecimento, a expressão do amor e da sabedoria de Deus. Ao fazermos isso, nosso comportamento se transforma, passamos a ver o próximo não como um estranho, mas como um irmão, parte dessa mesma criação divina. Buscamos realizar boas ações, educar nossos sentimentos e elevar nossos pensamentos.
Portanto, a relevância dessa primeira questão abordada por Allan Kardec não reside apenas em seu peso teórico, mas em sua capacidade de transformar vidas.
Encerramos convidando você a refletir sobre como essa perspectiva sobre a natureza de Deus pode iluminar seu caminho, e de que maneira a busca por essa inteligência suprema pode enriquecer sua jornada espiritual e humana. Que possamos, juntos, nos tornar os construtores de um mundo onde a inteligência e a bondade divinas brilhem através de cada ação, palavra e pensamento.